Pelas mídias, que em sua programação, continuam apresentando nas telas o idoso ou idosa que apenas cuida dos netos, ou sempre estão precisando de cuidados médicos, de acompanhantes, ou mesmo remédios. E que ainda reforçam a ideia de que não são mais capazes de aprender, será mesmo?
Será que suas limitações não podem ser superadas com metodologias voltadas para esse público?
Será que a própria tecnologia não dispõe de recursos que ajudam a superar certas dificuldades, mas que não são mostrados ou ensinados com frequência?
Se uma programação repetitiva pode ser constantemente mostrada, por que não uma programação que ensine e capacite com a mesma frequência que um jogo de futebol ou um Big Brother?
Será que não podemos mudar um pouco a programação, ou acrescentando explicações mais detalhadas de certos assuntos?
Será que essa visão estereotipada não pode acabar ou mudar?
A longevidade, apesar dos problemas e dificuldades, está aumentando cada vez mais. Será que todos têm que parar de trabalhar aos 60 anos? E se vivermos até os 100 anos, o que vamos fazer? será que a previdência aguenta? será que vamos viajar todos os dias? será que vamos jogar baralho e cuidar dos netos todos os dias?
Será que não podemos aprender tecnologias novas e começar a trabalhar com recursos digitais que não desgastam fisicamente?
Será que não poderemos continuar a aprender coisas novas depois dos 60 anos?
Por que não mostrar para essas pessoas, que elas podem fazer muito mais do que pensam que podem?
Será que é só atenção que está faltando?
Jornal O Globo, 13 de maio de 2018.